sábado, 19 de julho de 2014

CRIATIVIDADE NO ENSINO DE IDIOMAS










"Faça isso!...Faça aquilo!...Use este material... ensine desta maneira e pronto!!!!!! Sua aula será maravilhosa!!!!! " Será que existem receitas ou fórmulas mágicas para conduzirmos aulas de maneria eficaz? Será que instruções como estas ajudam o professor de idiomas a aprimorar suas aulas?

Por muitos anos acreditei que sim, que o simples fato de aplicar atividades descritas em livros ou por palestrantes fosse o suficiente para que meus alunos se tornassem mais fluentes e motivados. Costumava usar cada ideia aprendida em oficinas ou treinamentos com bastante entusiasmo (porém, sem muito questionamento) para tornar minhas aulas mais dinâmicas, atraentes e " diferentes". Observava colegas fazendo o mesmo e cheguei à conclusão naquele momento que aquela era a melhor maneira de trabalhar com meus alunos.

No entanto, o tempo foi passando e fui observando meus alunos com maior cuidado... Comecei a notar que aquelas fórmulas já não eram suficientes e que o meu desenvolvimento e o dos meus alunos dependia de algo muito mais profundo e duradouro, ou seja, da minha reflexão e da minha criatividade. Passei então a prestar mais atenção em materiais e palestras que motivassem o reconhecimento do que acreditamos e a percepção de nossa escolhas, o que tem me ajudado muito na elaboração de aulas e cursos.







.Sei que quando estamos começando a carreira é interessante aprendermos alguns modelos como referência para ministrarmos aulas com coerência e qualidade; porém, acredito que esta fase precisa ser superada por outra mais interessante, onde o professor começa a colocar sua capacidade criadora em prática e, a partir daí, ajudar a construir um diferencial em qualquer trabalho que se envolva.

Professores criativos estimulam alunos a serem mais criativos também. Aprender um outro idioma também requer muita criatividade, pois o aluno precisa usar as ferramentas que encontra (tais como vocabulário e estruturas) para comunicar-se em outra língua. Percebo que meus alunos mais fluentes são aqueles que sabem usar seu potencial criativo com maior desenvoltura.

Lembro-me de estudantes preparando-se para os exames de inglês da Universidade de Cambridge, por exemplo. Os exercícios sugeridos são ótimos modelos para estimular a reflexão e inventividade dos alunos. Nos primeiros níveis, o aprendiz é motivado a elaborar perguntas baseando-se em desenhos e palavras que sugerem ideias e em níveis posteriores são encorajados a expressar suas opiniões e impressões através de fotografias.


Muitas vezes estudantes pensam ser uma tarefa difícil, pois não possuem vocabulário suficiente para falar sobre uma determinada foto ou situação. No entanto, o indivíduo criativo e comunicativo pode sentir este desafio como uma oportunidade para expressar-se de maneira interessante. O que faz a diferença aqui não é a quantidade de informação que o indivíduo possui e sim a forma usada para comunicar-se. Já observei alunos que se expressam muito bem com vocabulário e estruturas elementares e aprendizes que entendem muito o idioma falado e escrito mas que ainda encontram dificuldades em se expressar por não usarem a língua estrangeira criativamente para se comunicar bem.

A criatividade é uma habilidade como qualquer outra e o que precisamos fazer é exercitá-la.


Percebo, ao longo de minha experiência como professora de artes e inglês, que ser original é mais complexo, fazer algo novo requer muita habilidade do ser humano. Entretanto, podemos compilar, adaptar atividades e , a partir daí, sugerir alguma coisa realmente inovadora.

Aulas criativas tendem a ser mais interessantes tanto para o professor quanto para os alunos. Uma atividade bem planejada, podendo ser baseada em um jogo, uma canção ou um filme, pode acrescentar um "tempero especial" à sua aula e assim motivar alunos a prosseguir em seus estudos com entusiasmo e dedicação. Problemas que possam surgir durante o curso são apenas motivos para usar novamente o pensamento criativo para que soluções sejam encontradas.
computer people : Group of young people studying online with computers

Costumo usar muito a internet como instrumento facilitador na resolução de algumas dificuldades que possam aparecer durante as aulas. Envio mensagens aos alunos através de emails que podem ser desde pensamentos positivos até exercícios ou estímulos para aprimorarem algo que não ficou bem assimilado em aula. Este contato mais personalizado com alunos através de emails tem sido muito interessante e com bons resultados. Outras ideias começaram a surgir a partir desta interação e a produção de meus alunos tem melhorado significativamente.

O que tenho proposto em meu trabalho como professora-consultora não é a preocupação em ser "diferente"
simplesmente, e sim a de poder refletir sobre o que tem sido feito em cursos para que possamos observar atentamente nossos alunos e proporcionar momentos prazerosos em aulas através de nossa capacidade criadora.

Acredito que quanto mais usarmos nossa criatividade em nosso trabalho, maior será a participação e interação entre professores, alunos, coordenadores e assim poderemos dar a nossa contribuição para que o ensino de idiomas seja cada vez mais bem sucedido e significativo.

Boa aula!



Um grande abraço,
Maria de Fátima
assistência pedagógica ao ensino de idiomas

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