sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

PLANEJANDO AULAS E CURSOS DE IDIOMAS - DESAFIO NECESSÁRIO?

É necessário planejarmos aulas e cursos de idiomas? Quais são as vantagens de se ter um bom planejamento?
Este artigo pretende estimular o leitor a refletir sobre a questão do planejamento e identificar suas próprias maneiras e visões quanto ao curso.

Imagine que você esteja construindo um edifício. Como você se sentiria no papel de pedreiro?

Aquele que está colocando um tijolo em cima do outro?

Aquele que está ajudando a construir uma parede?

Ou aquele que está ajudando a construir uma catedral?

É importante questionarmos os nossos propósitos para nos sentirmos motivados a planejar aulas e cursos, como se fossemos um pedreiro em obra.

A nossa visão perante nosso trabalho nos ajuda a irmos adiante com os objetivos.

Por isso, um professor de idiomas que encara o planejamento de cursos como algo "chato" ou "automático" , onde não há reflexão sobre o que é feito durante as aulas, provavelmente irá levar o trabalho como um peso difícil de ser tolerado, desmotivando-se e somente cumprindo tarefas.

Pelo que tenho notado nestes anos como professora de inglês e consultora pedagógica, existem três fases de trabalho para que ele seja mais maduro e consistente.

Existe a fase do "peixe", ou seja, quando o professor busca "receitas" ou "fórmulas" que o ajudem a planejar suas aulas sem muita reflexão. É comum nesta fase professores apreciarem materiais e oficinas que lhes transmitam ideias práticas para estimular alunos através de jogos e brincadeiras, por exemplo.

A segunda fase seria a da "vara de pescar", ou seja, quando o professor se sente mais livre para procurar recursos externos, através de pesquisa, cursos de aperfeiçoamento e livros, comportando-se de forma mais atuante, refletindo e questionando.

A terceira fase seria a do "pescador", ou seja quando o professor se sente apto a criar seu próprio curso, elaborando estratégias e meios para atingir os alunos mais adequadamente, produzindo resultados melhores e duradouros. Nesta fase o professor costuma contribuir mais com a escola, ficando engajado nas atividades e começa a ver o local de trabalho como um todo que só funciona quando cada um se sentir comprometido.

Sinto e observo que o professor pode passar pelas três fases e optar seguir uma delas em determinada ocasião de sua jornada profissional, ou ainda ficar eternamente na primeira fase sem experimentar o prazer da criação e participação que a última fase oferece.

Não gostaria de criticar você, professor, pela fase em que se encontra no momento, pois cada uma delas tem a sua importância e significado.

A minha intenção é a de mostrá-lo que quando o professor age como observador refletindo sobre sua própria prática, o trabalho tende a ficar mais rico e produtivo.

Vejo professores mais entusiasmados com suas aulas quando são capazes de opinar, criar e contribuir, planejando aulas e cursos. 

É muito gratificante observar um curso ou aula que deu certo baseado num planejamento ou ser flexível e criativo o suficiente para adaptar algo que não deu certo.
Você saberia traçar um perfil do curso que aplica?

No meu caso, por exemplo, como professora de inglês particular, posso traçar o seguinte perfil:

Objetivo do curso: falar e escrever bem em inglês (observando a necessidade dos alunos no mercado de trabalho).

Como? Trabalhando as 4 habilidades ("listening/speaking/reading/writing) para que estas ferramentas se interajam e facilitem a produção do aluno.

Por exemplo, a prática do "listening/reading" pode ser motivo para discussão ou redação.

Recursos? Livro de curso/ livros de leitura/ livro de gramática/ CDs/ DVDs/ Internet/ jogos/ música.

Ênfase: inglês, com um suporte em português caso seja necessário.
             desenvolvimento do raciocínio em inglês.

Você saberia traçar um perfil da aula que ministra?

Quais são os passos gerais? Reflita sobre as aulas dadas e tente elaborar o "layout" dela.

Posso traçar para muitas aulas que ministro o seguinte "layout":

Aquecimento: bate-papo;/ exploração do vocabulário através de um jogo/ revisão de estruturas através de um jogo/ música/ pensamento/ "insight" sobre o curso (atividade produtiva)

O corpo da aula: exploração da lição através de um texto/ diálogo/ 
exercício gramatical/ livro de leitura (atividade receptiva e interativa)

Follow up: discussão/ dramatização/ jogo/ música/ filme baseando-se na lição (atividade produtiva)

Geralmente os alunos começam a aula produzindo algo que se lembram das aulas anteriores...

Recebem informação nova/ interagindo com ela...

Saindo da aula produzindo algo que aprenderam nela...

A estrutura da aula pode ser a mesma, o que vai variar é o conteúdo das atividades e o tipo de atividade; por exemplo, posso começar a aula com um jogo e a outra com uma música ou um bate-papo.

As atividades vão ser sempre variadas, porém com a mesma estrutura.

Compartilhei aqui apenas uma experiência. Espero que tenha apreciado.

Boa aula!!

Um grande abraço

Maria de Fátima
assistência pedagógica ao ensino de idiomas
Contato : marifa2006@terra.com.br

Interesse em lecionar inglês numa escola que se preocupa com a a qualidade de ensino de forma flexível e criativa beneficiando alunos e professores num ambiente muito agradável www.idees.com.br  (Idées ensino de idiomas)no mercado desde 1997:
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ORGANIZANDO IDEIAS NO ENSINO DE IDIOMAS

Tenho notado nestes últimos dez anos como consultora pedagógica que professores de idiomas são realmente muito criativos.
É interessante observar como ideias surgem em aulas ou após ministrá-las, tornando o arquivo do professor cheio de anotações.
No entanto, vejo também que alguns profissionais sentem alguma dificuldade em organizar tais ideias, o que faz com que não deem muita importância a elas.


Neste artigo farei você refletir sobre seu processo de criação a fim de organizar atividades e ideias para o ensino de idiomas.

Geralmente gosto de começar meus textos e oficinas com uma atividade de aquecimento, ou seja, algo que seja capaz de envolver os participantes em pouco tempo, criando entrosamento.
Desta forma, vamos começar o artigo com o seguinte aquecimento:
Como você colocaria as seguintes palavras em ordem para formar um pensamento?

SONHE    TRABALHE    PLANEJE    SORRIA   E  BOAS COISAS   BEM  SEMPRE   ACONTECERÃO   GRANDE    DURO

Aqui está o pensamento de Sally Huss, que me inspirou a elaborar esta atividade:


"SONHE GRANDE, PLANEJE BEM, TRABALHE DURO, SORRIA SEMPRE E BOAS COISAS ACONTECERÃO!"

É interessante observar que participantes acabam ordenando as palavras de acordo com a importância que dão a elas. Portanto, quando estamos organizando atividades para nossos alunos podemos pensar no que estamos querendo atingir, quais seriam as prioridades que estamos dando naquele momento.

Desta forma, posso lembrar-me de aulas que planejo baseando-me nas dificuldades e facilidades de meus alunos.
Tive uma aluna particular, por exemplo, que tinha uma leve deficiência auditiva e por isso sentia-se estressada e ansiosa quando usava algum recurso com áudio.

Devido a este detalhe, tinha percebido que atividades de leitura e escrita durante a aula a tranquilizavam, fazendo com que sentisse mais segurança.
Então procurava dar uma ênfase maior através da leitura e escrita sem abandonar os recursos auditivos, o que gerou progresso e resultados.
No entanto, a aula dela se diferenciava das demais pois geralmente uso a compreensão auditiva e produção oral com mais frequência.

Pensando em estratégias para o ensino de idiomas, gostaria que você fizesse uma lista de palavras relacionadas às metodologias que experimentou (como aluno/a e como professor/a).
A ideia desta atividade não é a de julgar o melhor método e sim a de conscientizar professores analisando quais estratégias estão sendo aplicadas.
Por exemplo, de acordo com a minha experiência como aluna estudei inglês em escola regular com as aulas baseadas somente em gramática e textos com preparação para o vestibular.
Realizei um curso de inglês completo, com método comunicativo e preparação para exames.
Como professora, ministrei aulas particulares de reforço para colégio e vestibular, trabalhei em uma escola de idiomas com método estrutural, usando o português como referência e grande uso da compreensão auditiva e gramatical.

Trabalhei também numa escola que usava o método funcional (comunicativo e criativo, porém sem muito apoio gramatical) e em outra que usava a abordagem comunicativa, trabalhando as quatro habilidades (compreensão escrita, oral e produção escrita e oral).
As escolas foram referências que tive para adquirir uma base sólida no momento em que comecei a trabalhar como professora de inglês autônoma.
Hoje ministro aulas particulares com o objetivo de fazer com que o aluno se expresse em inglês com desenvoltura e confiança através de situações ou histórias que o motivem a se comunicar, trabalhando as quatro habilidades com apoio gramatical.
Preocupo-me bastante com a maneira que as atividades são conduzidas, utilizando vários recursos como livros, jogos, filmes, canções e internet.

Costumo chamar esta abordagem de "criativa", pois uso várias ferramentas para envolver cada aluno, respeitando a individualidade e ritmo de cada um.
Procuro tornar as aulas prazerosas para mim e para o aluno, pois acredito que desta maneira resultados melhores podem ser obtidos.
Cada curso é então profundamente trabalhado para que o aprendiz seja motivado a produzir também fora da sala de aula, o que melhora a sua assimilação.
Trabalhando geralmente com o público adulto, percebo que o maior desafio que enfrento é o de motivá-lo a fazer tarefas de casa: o famoso "homework".
Acreditando que a aquisição do idioma se dá quando o aluno consegue produzir algo por conta própria, insisto em estratégias variadas que façam o aluno trabalhar.
Uso e-mails com frequência elaborando ideias que motivem o estudante a estudar e escrever.
Desta maneira vou organizando minhas aulas pouco a pouco, com o objetivo de fazer com que o aluno realmente aprenda:
a) Proporcionando uma atmosfera descontraída
b) Expondo os alunos ao máximo à conversação, à produção oral e escrita (através de e-mails, telefonemas, "happy hours")
c) Lembrando-s constantemente do papel deles como estudantes e envolvendo-os (com determinação).
d) Apoiando-os quando for preciso.
e) Agindo como facilitador.

Quando conseguimos organizar ideias no ensino de idiomas, geralmente criamos uma confiança maior ao planejar e ministrar aulas, obtendo consequentemente melhores resultados.



Um grande abraço,
Maria de Fátima
assistência pedagógica ao ensino de idiomas
Contato : marifa2006@terra.com.br

Interesse em lecionar inglês numa escola que se preocupa com a a qualidade de ensino de forma flexível e criativa beneficiando alunos e professores num ambiente muito agradável www.idees.com.br  (Idées ensino de idiomas)no mercado desde 1997:
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